No recente comité central da FRELIMO, marcado pela escolha do candidato presidencial, Elvino Dias levantou sérias acusações sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo 5 milhões de meticais.
A quantia teria sido usada para influenciar votos, com suspeitas apontando para figuras importantes do partido, embora a origem do dinheiro não tenha sido confirmada.
Dias descreveu episódios em que o favoritismo e o pagamento por posições de poder dentro do partido ocorreram de maneira explícita. Segundo ele, mesmo candidaturas a deputações foram manipuladas, com pessoas sem histórico de militância sendo favorecidas em detrimento de membros dedicados do partido.
Ele citou o exemplo de Linda, que foi favorecida por suas contribuições financeiras à organização, e de Letícia, uma candidata desconhecida que supostamente comprou seu lugar na lista.
Elvino Dias ainda mencionou casos anteriores, como o de 2015, em que grandes somas de dinheiro teriam sido usadas para garantir votos na eleição presidencial.
Essas práticas, segundo Dias, revelam uma cultura de clientelismo e corrupção enraizada na FRELIMO, comprometendo a integridade e a transparência das eleições internas.
Ele enfatizou a necessidade de um processo eleitoral justo e meritocrático, alertando para as consequências negativas dessas práticas no cenário político de Moçambique.
O partido FRELIMO, que governa Moçambique desde a independência em 1975, enfrenta críticas severas pela forma como gere suas eleições internas, com denúncias que reflectem uma crise de integridade dentro da organização